DEM deve indicar Caiado ao Senado com o PSDB

Ao jogar água benta na indicação do procurador Aguimar Jesuíno para concorrer pela Terceira Via ao Senado, em Goiás, nas eleições de outubro de 2014, o empresário Vanderlan Cardoso, neoconvertido ao socialismo de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, sepultou as possibilidades de aliança com o Democratas e de um eventual acordo com Ronaldo Caiado.

O ex-presidente da União Democrática Ruralista (UDR), que concorreu à presidência da República em 1989 e recebeu votação pífia, terá dificuldades para celebrar um acordo político e eleitoral com o empresário multinacional José Batista Júnior, o Júnior Friboi.  Não custa lembrar: o democrata acusou a sua empresa, a JBS, de montar um 'cartel' da carne no Brasil.

O líder da minoria em Brasília (DF), capital da República, é, hoje, o inimigo número um da presidente da República, a ex-guerrilheira urbana Dilma Rousseff, e do ex-operário metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva, adversário de décadas do PT, no Palácio do Planalto desde 2002. Uma aliança política e eleitoral com o PT em Goiás seria impensável na atual conjuntura.

Democratas

O DEM [Democratas] no Palácio Alfredo Nasser - Leia-se: Helio de Sousa -, além de prefeitos e vereadores, defendem uma aliança não apenas tática, mas estratégica, com o PSDB. No Brasil e em Goiás. Com o senador Aécio Neves (MG) na sucessão presidencial e o inquilino da Casa Verde, o tucano Marconi Perillo, na corrida à reeleição. Em outubro de 2014.

Marconi Perillo estaria aberto, apurou o Diário da Manhã, a ceder a vaga ao Senado a Ronaldo Caiado. Membros das executivas nacionais do PSDB e do DEM já conversaram sobre o caso de Goiás. A pressão é por um acordo político até junho, data das convenções oficiais. O acordo seria um negócio da China para as duas partes: Marconi Perillo e Ronaldo Caiado.

O líder democrata teria um palanque forte para ganhar as eleições e se projetar para 2018, quando poderia disputar a eleição ao governo de Goiás e, caso perdesse, ainda teria mais quatro anos no Senado.  O cardeal tucano ganharia o apoio do DEM, respaldo nacional, os votos novos de 'caiadistas' e um nome de conduta ilibada, inatacável, na chapa majoritária

— Não que os outros não sejam.

Equação

A Casa Verde teria, porém, uma equação para resolver. A primeira seria: o que fazer com o pré-candidato de longa data, presidente do PSD, legenda que possui gordo tempo de rádio e TV e quatro deputados federais, Vilmar Rocha, ex-secretário do Gabinete Civil. Outro abacaxi é a alternativa para oferecer ao atual vice e presidente do PP, José Eliton.

A José Eliton teria sido oferecida duas propostas. A primeira, uma cadeira na Câmara dos Deputados, que poderia projetá-lo para o pleito de 2014. A segunda opção, é celebrar com acordo com Henrique Arantes, tucano de alta plumagem e presidente da OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, seção de Goiás, e indicá-lo numa lista para a vaga de desembargador.

Por nunca ter mudado de lado, o liberal Vilmar Rocha poderia ser indicado a vice. É discreto, leal, qualificado e representaria o PSD na chapa majoritária, diz um deputado federal consultado pelo Diário da Manhã. A incógnita é saber se ele aceitaria a missão, depois de mais de um ano em pré-campanha, relata, sem se identificar, um parlamentar tucano.

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